ATA DA NONA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 11-6-2007.

 


Aos onze dias do mês de junho do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e sete minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D’Avila, Neuza Canabarro e Valdir Caetano. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/06, discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Claudio Sebenelo, Carlos Comassetto, João Antonio Dib, Márcio Bins Ely e Nereu D’Avila. Durante a apreciação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/06, o Vereador Newton Braga Rosa cedeu seu tempo de discussão ao Vereador João Antonio Dib. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador João Antonio Dib, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando destaque para a votação da expressão “ou pelos Presidentes das Comissões Permanentes”, constante na Subemenda nº 01 à Emenda nº 04 e na Subemenda nº 01 à Emenda nº 05, apostas ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/06 (Processo nº 0982/06). Em Votação, foi votado o Requerimento nº 065/07, o qual obteve oito votos SIM e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Guilherme Barbosa e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção os Vereadores João Antonio Dib e Márcio Bins Ely, votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezoito horas e dez minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Maria Celeste e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha, João Carlos Nedel e Aldacir Oliboni. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h07min): Havendo quórum, passamos à

 

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0982/06 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/06, de autoria do Ver. Dr. Goulart e outros, que altera a redação do caput do art. 51 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, estabelecendo que o período de reuniões da Câmara Municipal de Porto Alegre, independentemente de convocação, passa a ser de 15 de fevereiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 3 de janeiro do ano subseqüente. Com Emendas nºs 04 e 05 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 04.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01; Relator Ver. Nereu D'Avila: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação das Emendas nºs 01, 02 e 03;

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela aprovação do Projeto, da Emenda nº 04 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 04.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 129 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 04-06-07;

- retiradas de tramitação as Emendas nºs 01, 02 e 03.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PELO nº 002/06. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

O SR. ADELI SELL: Verª Maria Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, é nossa intenção colaborar, para que possamos ainda na próxima semana votar, decidir sobre a questão do recesso, já aplicado, portanto, para o mês de julho, para o final do ano; dependendo da votação das duas Emendas, Ver. João Dib, nós teremos uma ou outra posição.

Como já disse na semana passada, a Subemenda que fiz à sua Emenda, Ver. João Dib, é para colaborar no sentido de que esta Casa tenha todos os mecanismos legais e institucionais para funcionar plenamente quando necessário, inclusive no recesso, que é justo, todo mundo sabe, ninguém discute. No entanto, a vida da Cidade é permanente. Os problemas não esperam, as coisas acontecem havendo ou não Sessão plenária. Há, por exemplo, momentos em que as Comissões se obrigam, Ver. Comassetto, a fazer reuniões extraordinárias. Vossa Excelência dirige uma Comissão que, dadas as circunstâncias, por exemplo, flagelo, direitos humanos, se obriga a chamar seus Pares para uma reunião extraordinária.

Então, que, no recesso legislativo, a Câmara possa, quando necessário, chamar a Comissão pertinente, a pedido da sua presidência, do Presidente da Comissão, para tratar do tema em pauta, como tratamos de várias questões no próprio recesso, por meio da chamada Comissão Representativa, ou seja, um quadro menor de Vereadores se reúne, mesmo no recesso, e faz os encaminhamentos necessários do seu cotidiano, sem tratar de medidas legislativas. Até porque, se nós tratarmos durante o resto do ano nos horários, se estivermos aqui presentes, se atuarmos decidida e permanentemente, teremos condições de votar todos os processos legislativos que se colocam na pauta dos trabalhos na agenda desta Câmara. Portanto, apresentando esta Subemenda, queremos contribuir para que a Câmara tenha uma posição de permanente vigilância sobre os problemas da Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estamos discutindo a redução do recesso parlamentar, matéria que haveremos de votar ainda este mês, para que possa surtir efeito já a partir de julho.

Eu quero começar esta conversa, meus caros Vereadores, dizendo que, para nós, Ver. Raul Fraga, o exercício do mandato é um conjunto de ações. É atuação no plenário? É. É atuação nas Comissões Temáticas? Também é. Mas é, acima de tudo, o dia-a-dia da Cidade, porque aquele cidadão que está lá na ponta, aonde a água chega precariamente, onde a parada do ônibus está descoberta, cidadão com demandas, há anos, não atendidas, quer ver a representação da municipalidade através do Governo e através dos seus Vereadores nessa luta do dia-a-dia.

Eu não tenho procuração, Ver. João Antonio Dib, de nenhum Vereador desta Casa, mas sou um dos que andam muito pela Cidade, como todos os demais, e encontro Vereadores dos mais diversos Partidos nas mais diversas demandas desta Cidade. Então, para nós, Verª Sofia Cavedon, se a Emenda vai ser do Ver. João Antonio Dib, se a Emenda vai ser do Ver. Nereu D’Avila, isso pouco interessa, porque eu nunca balizei e não vejo também os meus colegas Vereadores balizarem. Na verdade, o desgaste da classe política chegou a um tamanho que, evidentemente, para a opinião pública, nós, que trabalhamos todos os dias... Inclusive aqueles Vereadores que não são das Comissões Representativas, tu chegas aqui, há cinco, seis se inscrevendo, além dos Vereadores da Comissão Representativa, mas a imagem que passa para a sociedade é que são férias forçadas.

Então que resolvamos esta questão: se serão mais alguns dias em julho, menos em julho. Isso para mim não é o essencial; o essencial é que esta Casa possa produzir em cima de coisas que dizem respeito à vida do cidadão, que fiscalize, que busque alternativas, que faça diálogo, que promova esse debate que vem pela frente, que é o Plano Diretor, algo extraordinariamente importante para a vida desta Cidade, porque, com certeza, os efeitos das mudanças que poderemos produzir nesse Plano nenhum de nós aqui vai, talvez, estar nesta Casa para ver. Mas as mudanças que produzirmos vão servir de referência para as gerações futuras, para a Cidade que queremos construir para o futuro.

Então quero finalizar dizendo o seguinte: que bom, Presidenta, que a gente pode adaptar, porque não há motivo para não adaptar rapidamente, já que esta Casa funciona sempre. E, evidentemente, a Assembléia já fez a sua parte; o Congresso Nacional, nesse aspecto, fez a sua parte, e há muitas coisas que ele precisa fazer, e não tem feito. E, sinceramente, especialmente em relação à Reforma Política, sou muito cético. Acho que não vão produzir Reforma nenhuma, se fizerem, vai ser um remendinho muito pequeno, mas Reforma não.

Então, Presidenta, especialmente ao Ver. João Antonio Dib e ao Ver. Nereu D’Avila, com as suas Emendas - no Projeto há duas Emendas que, para mim, não são conflitantes -, a Casa vai democraticamente fazer, eu não considero as Emendas que... Olhem, opção por esta ou por aquela, acho que a Casa há de construir um consenso no debate, aprovar o Projeto e, conseqüentemente, fazer a opção por uma das Emendas. O importante é que a gente faça isso o mais rápido possível, por isso acho que a Presidenta convocou, corretamente, a Sessão Extraordinária para correr a Pauta, porque trata-se de Lei Orgânica, tem de passar por três Sessões de Pauta, e aí está aprontado para que a gente possa fazer a votação. Muito obrigado, Srª Presidenta.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu também penso como o Ver. Sebastião Melo, já havia me pronunciado nesse sentido. Eu acho que a mudança do recesso parlamentar - a sua diminuição - é uma reação à indignação da sociedade. Primeiro, Ver. Sebastião, a indignação era com relação ao pagamento das Sessões Extraordinárias do Congresso Nacional; era uma vergonha. Nós sabemos que a lógica do Congresso Nacional de obstrução é um direito das minorias, é um direito do Parlamentar, mas ele ficava devendo ao País o enfrentamento de uma série de temas. E aí os Governos Executivos se obrigavam a convocar os Parlamentares extraordinariamente e pagavam volumes imensos de recursos inexplicáveis ao País, aliás, acintosos a um País de profunda desigualdade e dificuldade de financiamento público, de políticas públicas tão necessárias à sociedade. Essas convocações extraordinárias e, depois, as denúncias, as CPIs de corrupção, principalmente a impunidade, a reeleição de Parlamentares envolvidos em situações pouco transparentes fazem com que a Câmara responda à reação da sociedade reduzindo o recesso.

Mas, com certeza, essa medida vai ser insuficiente, pequena, não resolverá os problemas de fundo da representação política distorcida que há neste País. Acho que começa a Câmara Federal a enfrentar a questão da Reforma Política ainda em pequenos pontos. Há que se reduzir, sim, o custo das eleições neste País, as eleições devem ser chamadas todas juntas, uma vez a cada quatro anos, cinco anos. Eu acho que há que se reduzir a infidelidade com um projeto político, a falta de clareza de um projeto político, o oportunismo, o clientelismo, que é feito com recurso público. Temos que terminar com as Emendas de Parlamentares, porque não tem a menor lógica um Parlamentar voltar ao seu Município e apresentar a Emenda que fez, não há um republicanismo no processo. Nós temos que construir processos transparentes, republicanos; todos devem ter acesso ao Orçamento público, e não se for amigo ou se tiver a sorte de ter um Deputado que more na região. Isso é uma distorção do encaminhamento do recurso público.

E quero tratar também da questão da impunidade. Os últimos dados nos dão a informação de que seis mil Parlamentares, funcionários públicos, nas últimas CPIs ou operações, foram indiciados, e ninguém está preso, e ninguém está respondendo pelos seus atos de uma forma mais objetiva e concreta perante a sociedade. Então, a impunidade neste País é um mal imenso, exemplar para que a população não tenha mais postura ética em nenhum nível, porque, afinal, os nossos maiores representantes produzem desvios enormes de recurso público, e não há forma de serem penalizados e responderem. E aí, nesse sentido, o Judiciário tem que também ser democratizado, tem que sofrer uma reforma democrática, discutida pela população. Eu não acho que devem incluir mais seis mil pessoas na cadeia, mas essas pessoas têm de ter os seus bens expropriados, não só os seus como os dos seus familiares, dos “laranjas”, elas têm que prestar trabalho comunitário, têm que, exemplarmente, varrer espaços públicos, fazer trabalhos públicos, para recuperar, minimamente, a grande lesão que fazem ao que é público, ao que devia ser sagrado, preservado neste País.

Então eu acho, Srª Presidenta, que é verdade, nós devemos mudar o recesso parlamentar. Acho que essa é uma resposta à sociedade, mas é uma resposta muito pequena diante da enorme tarefa do que é público e da representação política frente à imensa dor que este povo brasileiro sofre, passa, pela profunda desigualdade social. E o seu sistema político, o seu sistema representativo não consegue responder com dignidade a uma redistribuição de renda, a um trato transparente com a coisa pública, uma representação de fato da necessidade social e da opinião social. Eu tenho muito pouca divergência sobre como vai ficar o nosso recesso. Acho que, por exemplo, nestes 19 dias da greve dos municipários, muitas vezes eu não estive aqui porque estava ao lado dos municipários, brigando, pois estamos enfrentando uma política - e aí encerro - verticalizada, elitista, utilitária, que tem o Governo Fogaça em relação aos municipários, que opera de uma maneira, Ver. Oliboni, que eu chamaria de uma violência psicológica em relação ao funcionalismo... É muito mais importante estar lá junto aos municipários tentando reverter isso do que estar em alguns momentos da Sessão. Então, eu penso que o Parlamentar tem tarefas muito grandes fora e dentro da Sessão. Não é só a questão das Sessões que define a nossa ação e a nossa responsabilidade com esta representação.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Vereadora-Presidenta, Srs. Vereadores, queria assinar embaixo do que disse a Verª Sofia Cavedon. Indiscutivelmente, a questão deste “efeito demonstração” da redução do recesso é muito pequena, chega a ser ridícula perto dos problemas que se enfrentam no funcionamento das Casas Legislativas deste País. É necessário passar a limpo um País que precisa mudar o seu Judiciário, mudar a lentidão, a morosidade provocada, própria e já característica do Judiciário. Evidentemente, a lei é muito sabia quando determina prender as pessoas no máximo por 30 dias para fins de averiguação, investigação, e, se a pessoa tiver domicílio fixo, for facilmente encontrada e não perturbar a investigação, ela pode sair da prisão por habbeas corpus. Então, isso não quer dizer que nós estejamos liberando um autor de um crime hediondo, não; esses crimes são crimes importantes, mas podem ser respondidos, segundo a lei, em liberdade, porém não podemos encher e superlotar, cada vez mais, os nossos presídios, onde vemos as cenas mais degradantes de amontoamento com relação ao espaço dentro dos nossos cárceres, que são alguma coisa assim de dantesco, alguma coisa de apavorante, alguma coisa que queremos esquecer, a exemplo das imagens dos carandirus e das outras vergonhas nacionais.

Mas é preciso falar também do patrimonialismo e dizer que patrimonialismo também é crime, porque mistura o que é meu com o que é do Estado, que é de todos. Não pode haver a mistura dos interesses de um Partido com os de uma Nação; de uma pessoa com os de uma Nação; isso se chama patrimonialismo e está acontecendo com muita freqüência. As denúncias que têm abalado o País têm mostrado que em qualquer área a fragilidade dos conceitos, a distância ética e o Amazonas... Moral que nos falta para atingir, pelo menos, uma sociedade minimamente mais justa, e é exatamente aí que vemos o caldo de cultura mais fértil, a criminalidade.

Hoje estamos falando do recesso, não falamos das crianças e dos idosos, que são esquecidos pelos políticos; ambos não produzem, não votam. Essa omissão tem um custo caro para o futuro do País. E, quanto à revisão do Legislativo, Executivo e Judiciário, muitas vezes vemos ser o próprio Judiciário o agente que destrói o Estado de Direito. E aí a preocupação fica muito maior quando este Legislativo, honrado e decente... Hoje, inclusive, defendemos em uma rádio as coisas boas deste Legislativo, e o recesso é povoado pelos Vereadores que aqui trabalham - falo da Margarete Moraes, falo do Luiz Braz -, todos os dias do recesso estamos aqui trabalhando, ninguém tira férias, porque nós não somos CLT, não temos direitos trabalhistas. Nós temos feito um trabalho de permanente disponibilidade, e qualquer um de nós facilita o acesso das pessoas para qualquer tipo de pedido, para qualquer tipo de socorro; há uma presença constante de Vereadores. Ontem, por exemplo, eu vi um Vereador preocupado com o alagamento de uma rua, tentando ajudar outra pessoa.

Então, não somos onipresentes, mas há uma Câmara que se preocupa e que quer demonstrar, quem sabe, como um símbolo, que nós não aprovamos esse imenso “ócio nacional remunerado”. Por isso eu acho que a nossa Câmara tem esse direito, inclusive, de diminuir e sinalizar para a população que ela está de acordo, que quer renovar e quer melhorar.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PELO n° 002/06.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, Vereadoras, senhores e senhoras, sobre o tema do recesso, na verdade, eu quero iniciar fazendo um registro, com todo o respeito aos Vereadores que estão aqui há bem mais tempo - Ver. João Antonio Dib, Luiz Braz, Nereu D’Avila, Elói Guimarães. Existe um caldo de cultura na sociedade brasileira de que recesso é férias, mas eu não consegui ver isso nesta Casa. Quero fazer esse registro, porque, durante todo o período de recesso, a grande maioria dos Vereadores e das Vereadoras desta Casa está nos gabinetes e/ou na Comissão Representativa e/ou em atividades nas comunidades.

Trago esse registro e essa discussão, porque foi vendido para a sociedade que recesso é férias. E há um equívoco: recesso não é férias. Há uma diminuição das atividades parlamentares, mas o Parlamento não tira férias. As atividades que têm que ser desenvolvidas... Por exemplo, se o Prefeito quer viajar, têm de ser tomadas decisões, e, para isso, há a Comissão Representativa. Quando se quer fazer uma Emenda, ou há alguma atividade relacionada ao Executivo que tem que ser encaminhada, o Parlamento de Porto Alegre está presente e atuando. Portanto, essa idéia foi vendida não por culpa ou responsabilidade deste Parlamento Municipal.

É óbvio que a diminuição do período de recesso é uma necessidade, até para que possamos ter a plenitude das atividades funcionando. As duas Emendas apresentadas trazem o mesmo período de dias; a Subemenda, de autoria do Ver. Adeli Sell, é muito oportuna, porque traz a possibilidade facultativa de as Comissões Permanentes da Casa funcionarem oficialmente durante o recesso; hoje elas não podem. Eu assumi, este ano, a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, e, em janeiro, quando estávamos de recesso, recebemos na Comissão dezenas de encaminhamentos e problemas da Cidade, mas só pudemos encaminhar oficialmente a partir do término do recesso. Portanto, ficou um conjunto de temas que a sociedade esperava, alguns encaminhamentos oficiais ou resoluções que nós não pudemos fazer devido ao recesso. A Subemenda remete que as Comissões Permanentes possam funcionar oficialmente - hoje, extraoficialmente, já funcionam - no período de recesso, ela é muito oportuna, até porque a dinâmica, que é a vida da Cidade, não pode estar pautada nas questões de recesso.

E eu cito aqui alguns exemplos. Nós tivemos, no mês de janeiro, alguns assaltos às escolas públicas municipais - que estavam no período de férias - em função de uma medida do Executivo, que diminuiu as horas extras dos guardas. As escolas nos procuraram, e nós não pudemos debater e encaminhar oficialmente o tema. Portanto a diminuição do período de recesso já está afirmada qualitativamente por esta Casa e na sociedade. Creio que a Subemenda apresentada no sentido de que as Comissões Permanentes possam trabalhar oficialmente durante o recesso é oportuna, interessante e necessária.

Por último, temos as duas Emendas. Se vamos iniciar o recesso no dia 22 de dezembro ou 1º de janeiro... Tenho simpatia pelo dia 1º de janeiro, até porque a sociedade toda, mesmo no final do ano, entre Natal e Ano Novo, trabalha e tem atividades. E normalmente esta Casa é convocada para Sessões Extraordinárias para votar o Orçamento, o Plano Plurianual e outros temas relacionados ao Executivo nesse período de final de ano, que é justamente antes de 31 de dezembro. Muito obrigado, senhoras e senhores.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, devo dizer que, ao longo dos anos em que estou nesta Casa, a Câmara, no recesso, trabalha às quartas e quintas-feiras, sempre e, muitas vezes, excede o tempo da Sessão discutindo problemas da Cidade. Portanto, o período de recesso não significa exatamente férias, de forma nenhuma. Agora, “vox populi, vox dei”, a vontade do povo é de que diminua o nosso recesso, e, se o Congresso Nacional e a Assembléia Legislativa diminuíram o recesso, se o Congresso Nacional e a Assembléia Legislativa deixaram de cobrar os jetons que cobravam - coisas que nós já não fazíamos a partir de uma Questão de Ordem por mim formulada em 1989 -, então não há por que não fazermos o mesmo tempo de recesso. Passemos a trabalhar de 1º de fevereiro a 16 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, pois assim trabalha o Congresso Nacional, assim trabalha a Assembléia Legislativa.

O Ver. Adeli Sell tem uma Emenda que eu realmente tenho alguma dificuldade em aceitar, mas depois, pensando bem, acho que, de repente, pode ocorrer um caso... E apenas fiz a ele um apelo. Ele disse (Lê.): ”As reuniões extraordinárias das Comissões Permanentes durante o recesso legislativo, as quais poderão ser convocadas exclusivamente pelo Presidente da Câmara...”. Eu faria aí um ponto e retiraria ”ou pelos Presidentes das Comissões Permanentes, somente ocorrerão para tratar de matéria cujo andamento torne inútil a deliberação posterior ao recesso legislativo ou importe em dano irreparável à coletividade”.

Eu tenho a impressão de que, se aprovarmos o tempo que propus, que é o tempo da Assembléia Legislativa, que é o tempo do Congresso Nacional, e há a Emenda do Ver. Adeli Sell suprimindo a possibilidade de os Presidentes das Comissões Permanentes fazerem a convocação sem que o Presidente defina, eu acho que resolve o nosso problema, a Cidade fica contente, e nós vamos ficar contentes também. Vamos continuar trabalhando todas as quartas-feiras e quintas-feiras pela manhã e, evidentemente, estaremos nos nossos gabinetes diariamente. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

 A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidenta Maria Celeste, na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, o público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara. Senhoras e senhores, venho a esta tribuna para discutir este Projeto, que propõe a redução do recesso. Acho e entendo oportuna a proposta, trago aqui também, para complementar as intervenções dos demais Vereadores e Vereadoras que me antecederam, a minha opinião a respeito do tema.

Primeiramente, entendo oportuna e necessária essa readequação e encaminho o motivo que entendo por que essa é uma readequação. Nós temos visto... E, neste período curto que estamos convivendo com mandato popular - este é o meu primeiro mandato -, percebo que muitas das ações que ocorrem nos Legislativos Municipais - e que têm ocorrido aqui em Porto Alegre - ocorrem em efeito cascata. Inicialmente, se há uma posição tomada ou firmada pelo Congresso Nacional através da Câmara dos Deputados, em seguida as Assembléias Legislativas dos Governos Estaduais adéquam-se e implementam algo semelhante, e, por conseqüência, as Câmaras de Vereadores também o fazem em algumas questões pontuais; em outras não. Claro que, muitas vezes, ocorre o contrário, mas para algumas medidas essa analogia funciona e é válida.

Inclusive, quando fazemos as nossas reuniões da Juventude Socialista do PDT aqui em Porto Alegre, do Estado do Rio Grande do Sul, com o nosso Presidente, Dr. Matheus Schmidt, muitas vezes ele faz algumas elucidações a respeito do que acontece na política e dá alguns exemplos da sua trajetória. E justificava ele, quando discutíamos a questão do recesso - obviamente éramos contrários a esse recesso tão extenso em função das várias ferramentas de comunicação que estão ao alcance de todos, brasileiros, gaúchos e porto-alegrenses -, que, quando do seu mandato de Deputado Federal, transportava toda a sua família, numa Kombi, até Brasília. Obviamente naquela época a malha aérea, os transportes, a informação eram muito difíceis e bem mais demorados. Um Deputado Federal que se deslocava para Brasília para exercer o seu mandato, obrigatoriamente, precisava de um período para retornar ao seu Estado de origem, para, durante aquele recesso, fazer o seu trabalho na base. Hoje entendo que já não se justifica esse período tão longo, devido a todos os recursos disponíveis na atualidade que facilitam esse trabalho parlamentar na base. Esse recesso prolongado dos Deputados para seus deslocamentos acabou provocando um efeito cascata, justificando o trabalho na base de outros políticos.

Então, quero dizer que me somo aos nobres colegas que aqui se manifestaram no sentido de que há necessidade de adequação, até porque nós já tivemos uma redução do recesso tanto na Câmara Federal como na Assembléia Legislativa. Na Câmara Federal valem, hoje, os períodos de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, como período de trabalhos normais, sendo recesso os períodos em que não há previsão. Na Assembléia Legislativa, o período de trabalhos normais ocorre no período de 1º de fevereiro a 16 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Entendo oportuno, entendo que as emendas devam ser apreciadas. Acredito que o objetivo dos Vereadores é adequar o trabalho das Comissões, o trabalho de plenário, o trabalho da Comissão Representativa. Eu tenho certeza de que, quando nós trabalhamos na primeira escala da representação parlamentar, que é o trabalho do Vereador, com certeza os Vereadores não transformam recesso em férias, pois muito trabalho e muito volume de trabalho há num mandato parlamentar de Vereador. Tenho certeza de que é importante que nos adaptemos à legislação atual e possamos fazer essa analogia com os demais Poderes da União Federal e dos Estados, sob pena de que a nossa Câmara fique em defasagem quanto às legislações e possa ser mal interpretada pela opinião pública. Essa é a minha manifestação. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Exma Srª Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, esta discussão está sendo muito profícua, porque é necessário que a Cidade tome conhecimento de tudo o que acontece nesta Casa. Hoje eu me deparei com uma notícia no jornal que, no fundo, é desabonatória a esta Casa, é completamente injusta, pois refere que, por não ter vindo o Plano Diretor, a Câmara está quase parando. Mas parando quando? Em que momento a Câmara parou?! Quem parou?! No final de semana, nós estávamos todos trabalhando. Embora com a chuva, embora eu estivesse resfriado, eu estava, sim, percorrendo os bairros e visitando comunidades, assim como os demais Vereadores. Hoje pela manhã, nós tivemos uma reunião da Mesa de Lideranças. O Plano Diretor não veio, mas nós continuamos trabalhando. Na semana passada, nós aprovamos Projetos importantes aqui. Agora nós estamos discutindo a diminuição do recesso, e, como disse muito bem o Ver. João Dib, são novos tempos, são novas propostas, são novas situações, e nós nos adaptamos às novas situações, sim, tanto é verdade que, pela nossa Emenda, nós vamos ficar com menos recesso do que a Assembléia Legislativa. Então, com todo o respeito, eu acho que, às vezes, a imprensa não tendo o que dizer, diz o que não está ocorrendo realmente. A Câmara não está quase parando, não! Ela está no ritmo que sempre esteve, estamos trabalhando. Amanhã teremos Comissões; se alguém quiser ir conferir, pode passar, às 10 horas, na Comissão de Constituição e Justiça, que lá estaremos e, à tarde, nas outras Comissões. Então, é necessário que a gente também proteste, para não ficarmos como bode expiatório de uma coisa que não está acontecendo. Nós estamos trabalhando? Sim, estamos. E a população está aqui para conferir e dar o seu testemunho.

A Emenda à Lei Orgânica que estamos discutindo terá de ter três discussões e duas votações com dois terços dos Vereadores - esta é a segunda discussão -, para que se tenha uma discussão mais profunda, mais detalhada. Acompanhando, então, o que está ocorrendo nesta discussão hoje, eu verifico que nós estamos evoluindo. Na verdade, hoje há uma diferença em relação às Emendas: o Ver. João Dib prefere que paremos em dezembro e adentremos julho. Pela nossa Emenda - inclusive muitos Vereadores acompanharam a proposta -, vamos adentrar 5 dias de julho e trabalharemos por todo o mês de dezembro, ao contrário da proposta do Ver. Dib, que quer que paremos em 22 de dezembro. Na verdade, a Assembléia e a Câmara param em 22 dezembro. Vamos começar também como a Assembléia, a Câmara e o Senado: em 1º de fevereiro. Mas não há por que fazermos exatamente o que a Assembléia faz, nós não somos aqui copiadores da Assembléia, e só porque a Assembléia faz, não temos que fazer! Tanto que nós, muito, mas muito antes da Assembléia, exterminamos o pagamento de Sessões Extraordinárias. A Assembléia somente o fez no ano passado, por proposta de um Deputado do PDT, Deputado Ciro Simoni; finalmente, a Assembléia parou de pagar por Sessões Extraordinárias. Nós, se recebemos os nossos subsídios no fim do mês, se formos convocados extraordinariamente, continuamos recebendo os mesmos subsídios - a Assembléia só entendeu isso agora. E a Câmara Federal não entendeu ainda, não entendeu ainda, é um escândalo. O Congresso tem que, imediatamente, extirpar esse escândalo!

Mas, voltando aqui à situação do recesso, a diferença que está conosco é a seguinte: pela nossa proposta, ficaríamos até 5 de julho trabalhando, teríamos portanto 26 dias de recesso em julho, mais o período de 3 a 31 de janeiro, o que daria mais 28, totalizando 54 dias - 26 em julho e 28 em janeiro. Nós ficaremos com 54 dias apenas de recesso. A diferença, repito, ficaria apenas em que nós entendemos que podemos ter, além de 5 de julho, o recesso até 31, ao contrário do Ver. Dib, que pretende que fiquemos em dezembro. Normalmente, depois de 15 de dezembro, quando atualmente entramos em recesso, nós ou nos autoconvocamos, com alguns Projetos que nós deixamos de votar no período até 15 de dezembro, ou o Executivo ficou com alguns processos que quer que a Câmara vote e tem nos convocado em meados do Natal, para que ultimemos as votações que não conseguimos realizar durante o ano. Então, já que estamos aqui, já que ficamos aqui, não precisamos ser convocados extraordinariamente em dezembro. Se a nossa proposta for acolhida, ficaremos normalmente trabalhando até 31 de dezembro, porque assim recomendam as propostas que se avolumam, sempre, no fim do ano. Essa é a diferença. Agradeço, nobre Presidenta, o tempo que ultrapassei do meu tempo regimental. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita seja votado em destaque, na Subemenda nº 01 à Emenda n° 04 e na Subemenda nº 01 à Emenda nº 05, a expressão “ou pelos Presidentes das Comissões Permanentes”.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PELO nº 002/06, por cedência de tempo do Ver. Newton Braga Rosa.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, há meia dúzia de anos, eu apresentei um Projeto reduzindo o recesso da Câmara Municipal. Claro que eu precisava de um terço das assinaturas, tive mais do que um terço; só que na hora da votação o resultado foi 21 votos contra, cinco a favor, e alguns Vereadores se retiraram de Plenário.

O difícil mesmo é construir o simples. Se a Assembléia Legislativa funciona de 1º de fevereiro a 16 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, se o Congresso Nacional funciona no mesmo período, por que nós deveríamos funcionar em períodos diferentes? Para que funcionarmos até o dia 31 de dezembro, quando todos nós sabemos que no Natal os Vereadores precisam sair para ver suas famílias que estão no interior do Estado, fora do Estado? As festas de Natal ocorrem, e no Ano-Novo é a mesma coisa. Então nós estaríamos ludibriando o povo de Porto Alegre dizendo: “Olha, eles trabalham até o dia 31 de dezembro”, até porque, no dia 24 e no dia 31, não se trabalha também. Mas, de qualquer forma, o que eu pretendo é o que o Congresso faz. E, se o Prefeito precisar fazer uma convocação extraordinária, ele tem um rito diferente e que não teria se nós fôssemos até o dia 31, porque, se ele convocar extraordinariamente num dia, ele pode ter o resultado da votação no outro, portanto nós daríamos tempo.

Eu não estou inovando, eu não estou inventado, eu não pensei em ser diferente, eu apenas examinei a Constituição Estadual, a Constituição Federal, e esses são os dados que estão na Constituição, e acho que são os mais corretos. Por que nós temos que ser diferentes, trabalhar no dia 24 de dezembro ou no dia 31 de dezembro? Não tem sentido, nós não estaremos aqui, nós estaremos enganando o povo, nós estaremos fazendo recesso branco, como fizeram no passado no Senado e na Câmara. Não! Nós nunca fizemos isso, nós sempre trabalhamos muito abertamente, muito claramente, e é por isso que as datas do Congresso Nacional são as mais corretas, como também são as datas da Assembléia Legislativa.

Nada contra a proposição do Ver. Nereu D'Avila, que vem batalhando também, como eu, há muito tempo pela diminuição do recesso, mas eu acho que é solução mais sensata está exatamente na simplicidade. Nós somos iguais aos outros, não somos melhores, mas também não somos piores. Portanto, a sensatez nos leva a 1º de fevereiro até 16 julho, dia 16 começa; dia 1º de agosto ao dia 22 de dezembro, e aí nós encerramos as nossas atividades. É claro que toda a vez que for necessário, nós estaremos aqui, como em todas as quartas e quintas-feiras pela manhã. E o número de Vereadores chega a impressionar, tivemos que pedir para reduzir o tempo de fala para cada um para que todos os Vereadores pudessem falar. O Regimento dizia dez minutos, e, por proposição deste Vereador, reduzimos para cinco minutos, para que 12, 14, 15, 16, 18 Vereadores pudessem falar. Portanto, eu acho que o sensato é simples, o simples é isso, é igual aos demais, nós não precisamos ser diferentes, nós não somos melhores, nós somos iguais. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 065/07 – (Proc. Nº 3337/07 – Verª Sofia Cavedon) – requer Moção de Solidariedade aos municipários, pela reabertura das negociações com o Governo. (incluído em 28-05-07)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o Requerimento nº 065/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Oito votos SIM e 02 ABSTENÇÕES. Não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às18h10min.)

 

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